BEBI SEM PUDORES


Senti o teu desprezo feito chibata
Em açoites no coração despido
Senti n’alma, o peito ferido
Sangrando horrores no fel da taça.

Bebi sem pudores, sem graça
Sem olhar o que me era servido
No teu silêncio enfurecido
Entreguei-me, feito o lenho na brasa.

Mas que fiz eu meu Senhor!
Que só a ti dei tanto amor!
Para que me deixes sem explicação?

Não respondes aos meus apelos...
Mesmo que te implore, de joelhos?
O teu silêncio é a prova, da tua negação.

Belém, 21/08/2011 – 23h10
Angela Pastana
Enviado por Angela Pastana em 14/10/2011
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