TAPA

O rosto conhecia a mão,

A mão também sabia o rosto,

Acariciava com paixão,

Era beijada com mais gosto.

Um dia, por uma razão,

A mão sentiu algum desgosto,

Esqueceu que era um rosto irmão,

E estapeou o lado oposto

Ao que fizera mais carinho,

A mesma mão que estrelas fez,

Que o vento leva em torvelinho...

A mão das unhas coloridas...

O rosto da agredida tez...

— Separação de duas vidas...

Maurilo Rezende
Enviado por Maurilo Rezende em 16/10/2011
Código do texto: T3279483
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