É tarde quente, chora um pranto triste;


É tarde quente, chora um pranto triste;
Talvez porque não vê frutos maduros;
Talvez agora seja aquela que existe...
Torrente forte, nutre, abriga ar puro...

Sentida forte, terna, briga ; única
Que marca a aura farta, zomba e assiste
Incerto vagar meigo pelo escuro
Da noite, herança qu’entre nós persiste.

Não é a santa e torna-a corpo fragil
O manto é forte, é nave solta e cega;
Pendura trevas, corta as sedas, úmida...

Soluça pingos, sobra d’água e, ágil,
Amante dorme quieto nessa entrega
Suave, em quente beijo!...Tarde lépida!



MVA
Enviado por MVA em 17/10/2011
Reeditado em 17/10/2011
Código do texto: T3281794
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