FAÇO DE CONTAS
FAÇO DE CONTAS
Suspenda os teus murmúrios, camarada!
Dizia aquela voz indiferente
à minh’alma, em enlevo permanente,
vagando em plena noite enluarada.
Mas prossigo, entretanto, sem ter nada,
somente o que transporto em minha mente,
lembrando aquela musa sorridente,
aquela minha eterna namorada.
Fingindo conhecer felicidade,
tentando esquecer toda maldade,
de acordo com o que manda a minha fé.
Vou seguindo feliz, a minha meta,
pois se ontem foi dia do poeta,
Faço de contas que hoje também é.