FADÁRIO

Segui uma folha sobre um rio,

Ondulando prismas senis.

Seguia livre mas sem arbítrio,

Sob a luz da lua no céu gris

Em certa altura estancou

Atrás de um tronco apodrecido.

Seria ali seu mausoléu?

Este recôndito escondido?

Parei os passos, senti frio

Escorreguei no barranco do rio,

Tantas vidas, agora perdidas

Tantas correntezas e redemoinhos,

Águas turvas de sangue e vinhos,

Já tão cedo mortas e descoloridas.

Gladys
Enviado por Gladys em 24/10/2011
Reeditado em 24/10/2011
Código do texto: T3295167
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