É tão bom poder ouvir os barulhos da vida!
Poder sentir a lida dos vivos, a toada dos pés!
O canto do coração , o poder da recém -nascida
Que se debate, chora, e reclama cafunés, cafunés.

A vida às vezes chora. Foi muito ferida!
Às vezes se recente por falta dos jacintos,
Perfumados, que atraem belos passarinhos
Que na algazarra festiva faziam muito alarido.

Vida que leva a todos o saber, e faz tremer
O descrente, o viajor indeciso, não detém o cadastro
E atenta, lúcida, ensina como se satisfazer.

Vida! Lastro de bondade, que tudo revalida,
Produz o emplastro, o ungüento que evita a recaída
Vida! Amiga e companheira, a ti estou agradecida.