Soneto 217

Nos umbrais do passado o adro esquecido

Dormências espectrais naquele cais

Cemitério de navios em tais sais

Ilhas revoltas do mal retorcido.

Maldições de esferas mortas às feras

Não haverá trégua nas águas do mau

Sangue escuro da noite deste luau

Medeia da maldade de tais megeras.

Silvam cobras hiantes da seva chaga

Purulenta e lenta a vil vingança

Do ódio que na morte aqui alcança.

Circe de mil demônios de tanta praga

Perséfone ancestral na luz bruxuleante

Sorte no norte da morte a esperança.

HERR DOKTOR
Enviado por HERR DOKTOR em 28/10/2011
Código do texto: T3302839
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