O Mal dos Amantes

Tenho fome! E esta me corrói

Devora-me por dentro, o estomago

Eu sinto, à cada célula que ela destrói

O desespero louco de um náufrago

Tenho sono, e um cansaço que me mói

E vem causando um largo estrago

Mas é tanto que já não me dói

Inócuo, como o cigarro que não trago

Meus nervos aos poucos têm falhado

Meus olhos não enxergam como antes

Por passar dias e dias acordado

Nem sangrias, nem os calmantes

Nenhum remédio têm ajudado

Pois o meu mal, é o mal dos amantes

Rômulo Maciel de Moraes Filho
Enviado por Rômulo Maciel de Moraes Filho em 09/11/2011
Reeditado em 09/11/2011
Código do texto: T3325528
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