Quando a morte chorou

Ao ver as atrocidades humanas vis

No sangue rubro inocente derramado

Jaz as lágrimas da morte ao amado

Na confissão do condenado os ardis.

Nas platéias de fogo o ausente sente

Nas figuras marcadas o ódio singrado

Em mares da distante ira do ordenado

Meças os crimes do homem demente.

A morte chora por ter visto tudo isto

Nas montanhas de cadáveres estéreis

Decrépitas e nojentas chagas voláteis.

Na realidade de tantas mentiras

No amor que morre o ódio que tiras

Na ignóbil choldra que rodeia Mefisto.

HERR DOKTOR
Enviado por HERR DOKTOR em 20/11/2011
Reeditado em 20/11/2011
Código do texto: T3346506
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