Tecendo o verso na pauta de um soneto
Fujo das injúrias que a vida apronta,
vago sozinha por entre trágicos tropeços;
piso as pedras do caminho que me afronta
mas sigo firme, reergo todos os começos.
Sei... atrás já não há mais nada.
Mas que futuro me aguarda lá na frente?
Sou caminheira, enfrento a jornada,
vasculho tudo... (- por que tu sempre ausente?)
Não esmoreço... persigo a cavalgada.
Não temo a enxurrada nem os temporais.
Todos os atos ensejam o recomeço.
Não me recolho: vislumbro muito mais!
Refaço o bem no verso que aqui teço:
sou aguerrida... transponho a encruzilhada.