NÓDOAS DO PASSADO

As manchas que o tempo não apaga

São como trincas no diamante duro

A fome que o copo d´água não afaga

A moeda que no meio tem um furo.

Tinta espessa, que está sempre fresca

Sempre úmida, como aberta a ferida

Que sangra e sacia a sede vampiresca

Do remorso e da sua faceta homicida.

Uma tatuagem para sempre no rosto

Delatando que a batalha é perdida

E a vergonha se impõe, contragosto,

Eternamente, para o resto da sua vida.

Faça o que fizer seu borrão será exposto.

Corra, grite! Não tem jeito, não há saída!

Edvaldo Pereira dos Campos Netto
Enviado por Edvaldo Pereira dos Campos Netto em 24/11/2011
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