CANTO, RIO E CHORO

O meu verso não tem erudição,

Porque o sinto, talvez, mais do que o penso,

Pois sai sempre ao arroubo da emoção,

E muito pouco de um pensar intenso.

Também me falta um cabedal imenso,

Que eu possa usar, não tenho a pretensão,

Valho-me apenas d’alma, e me convenço

Que a fonte do meu verso é o coração.

Às vezes choro quando um verso canto,

Quando sai triste ele me leva ao pranto...

Quanto me alegra, quando sai sonoro!

Ouvir, sentir que está fazendo bem

Dentro de mim, é tudo que convém.

E é por isso que canto, rio e choro.

27/11/2011

Raymundo de Salles Brasil
Enviado por Raymundo de Salles Brasil em 28/11/2011
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