O rei mendigo

Sou rei sem nome e até confesso

Um sobrenome que nunca ouvi

Sou um rei que não tem rastros

Se os tive um dia, nunca os vi

Sou um rei que na esquina pede

Um olhar que seja de piedade até

Que estende a mão e baixinho ora

Uma oração sem nenhuma fé

Sou um rei mendigo que se sentou

Numa estrada onde ninguém passou

E os soluços dele só ele escutou

Sou o rei que grita em atroz silêncio

A tristeza triste que a solidão deixou

Para o mendigo dos reis que eu sou

jose joao da cruz filho
Enviado por jose joao da cruz filho em 03/12/2011
Reeditado em 03/12/2011
Código do texto: T3369230