Logos

Não sei qual a razão dessa solidão que me invade,

Pobre alma em desalento, soluçando aos prantos!

Vai se pelas vielas da vida, lágrimas pelos cantos...

E ouço, Deus, os cantos de minha terra na saudade!

As festanças, os festejos, as tertúlias lá no Zé Vaniz...

E eu a paquerar as lindas meninas de minha cidade!

O tempo vai passando e eu com ele, é bem verdade,

Sigo rumo ao [des]conhecido... Sem nada do que fiz!

Hoje, só a dor me acompanha! Ainda em juventude...

Amei, amei até a exaustão! Pode ter sido uma virtude!

Mas, adianta amar, se mesmo assim caí no esquecimento,

E me aguarda sete palmos de terra, selados com cimento?!

Oh! Visão matinal dos meus dias azuis, estrelas do meu céu,

Socorrei-me, tendes piedade! Não me cubras com este véu.