Despedida
Da esquife, onde os doirados ornavam,
Forrada em violáceo e fúnebre cetim,
Exalava o perfume sublime do jasmim,
Que mãos inertes e mortiças abraçavam...
A face pálida e serena, que descansava
De toda tormenta que presenciara, enfim,
Por um instante, pareceu sorrir pra mim,
Estremecendo minh’alma, que assombrava...
Sentimento dorido em meu peito, despedida!
Derradeiro contemplar dos olhos meus
Sobre o corpo de marfim, que ora se ia...
Foi esse o desfecho, silente e só, d’uma vida,
O destino traçado pelas mãos de Deus
Para aquela que eu tanto amei um dia...