Tempestade em fúria, vento  soprando
Almas, enfileiradas oscilando, em ladainha
Inaudível, talvez uma prece, ou um canto
Lamentam as desditas criadas na trajetória

Sombras fantasmagóricas nas eternas brumas
Desfilam nas valas de águas escuras e fétidas
Que sulcaram os desabitados e áridos desertos
Arrastando na bagagem grilhões pesados

Outras contam as contas dos brancos rosários
Que contrastam com suas parcas vestes negras
Em orações de misericórdia e tênues esperanças

Assim elas se postam em vigília, aguardando o sinal
Quando os Anjos de Deus tocarão suas trombetas
O Livro da Vida será aberto, é o Juízo Final.


verita
Enviado por verita em 11/12/2011
Código do texto: T3382585
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