Protegida

Olho te assim ternamente e torno a olhar te docemente,

Aqueço te em meu abraço e no teu abraço me aqueço!

Enxugo as lágrimas que te cai e a mim mesmo esqueço,

Vivo agora para me tornar teu pra sempre, eternamente!

Há muito mergulho em abismo profundo, fétido e escuro,

A única luz que me chegou foi a de uma estrela cadente,

Que bebeu do meu amargo vinho e lamentou meu futuro!

Depois se foi, deixando interrogações em minha mente...

Revoltei me, pois havia te colocado viva em pensamento,

E agora ali estás... Lentamente, apagando e desaparecendo!

Sem que ao menos eu pudesse expurgar este vil lamento...

Traiçoeiras traças... Em minha memória vão florescendo!

Tecendo teias de uma saudade que eu nunca imaginei ter,

Te fiz uma redoma, e tu ali protegida, pude teu sorriso ver!