Perdoe-me, Papai Noel!

Papai Noel, dize-me se tu tens,

A fantasia que a tristeza esconde,

E no saco, um punhado de reféns,

À espera de outro mundo, vê-lo aonde?

Papai Noel, tu podes me perdoar

De o querer, querer mais, só por um dia?

Com asas soberanas sobre o mar,

Ser ave de outra espécie... Me alforria!

Já cego, ao desamparo e em perigo,

O meu sonho caminha ao desabrigo,

Sem dons... Ah! Tua fábrica ditosa!

E o obriga, sendo o pobre e indigente,

Refugiado nos campos do inconsciente

A fundir-se a uma pétala de rosa.

Canoas. dezembro de 2008/RS

Eliane Triska
Enviado por Eliane Triska em 15/12/2011
Reeditado em 13/10/2013
Código do texto: T3390774
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