TERGIVERSAÇÃO

Um verso sem nenhuma utilidade,
Apresento-lhes, agora, ó leitores,
Mostrando-lhes que nem sempre a vontade
Produz sozinha versos com sabores...


É necessário lágrimas, odores,
Um recordar, talvez, da mocidade,
Transpiração, pesquisas, estertores,
Talvez filosofar sobre a amizade...


Mas escrever assim por escrever,
De nada vale, pouco é o prazer,
Um verso que não forma opinião...


E como hoje, foge-me o élan,
Pretendo produzir só amanhã,
Rejeito essa tergiversação!...

 
23/O9/11
Gonçalves Reis
Enviado por Gonçalves Reis em 21/12/2011
Código do texto: T3400344
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