Gosto de sal

Me deixaste e eu fiquei quase maluco!...

Do meu olhar fugiu a luz e todo brilho.

Um trem que descarrila sem ter trilho,

Fruto que se espreme e não dá suco.

Navega em meus sonhos o que me cega!...

Tendo partos de dor em dor, sem parteira.

Flores murchas são eternas companheiras,

Da minh'alma árida, seca, então não rega.

A luz do sol se espreguiçando no horizonte,

Lágrimas tem gosto de sal no rosto pálido,

Água escorrendo de dentro da minha fonte.

Sublimes anjos e querubins vindos do céu,

Me levam até seu colo suave, terno e cálido!

Sou zangão e sou abelha num favo de mel.

Tony Bahia
Enviado por Tony Bahia em 22/12/2011
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