O OUTRO

Oh! Não, não fales d'outro em minha frente,

Porque ainda sou teu terno marido.

Piedade, mulher, do corrompido

Coração que te prostra eternamente.

Todos sabem que sou homem perdido

E que tu amas outro intensamente!

Todos falam ó sempre e de repente,

Falam sobre mim, o homem esquecido!

Não olhes o outro estando tu comigo!

É que quero banhar-me em ilusão!

Faz de conta que eu deito-me contigo,

Mas não fujo das coisas como são!

Eu relembro somente o tempo antigo:

Sacramento d’amor sem traição!

1941