SEM DESPEDIDAS

Prá sempre se foi meu último alento,

A derradeira e sonhada esperança!

Saiu montada no corcel do vento,

Por estradas que só meu sonho alcança!

Foi-se! Ficou meu amor ao relento

No orvalho da madrugada que avança!

Partiu ! meu coração já bate lento,

Neste compasso em que a saudade dança!

Resta-me a sombra da paixão imensa,

Que dentro d!alma é lânguida presença

A reviver os sonhos de outras vidas!

Por isso, se em quimeras eu gravito,

É porque sei que depois do infinito

Não existem, para as almas, despedidas!

2007

Nelson de Medeiros
Enviado por Nelson de Medeiros em 08/01/2007
Reeditado em 08/08/2019
Código do texto: T340658
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