Minha Potranca
Jorge Linhaça
 
As tuas ancas me fazem sonhar
Sonho acordado, refém do desejo
Toco tua pele te cubro de beijos
Na cavalgada à luz do luar
 
Teu corpo quente me faz delirar
Os teus gemidos são como um solfejo
No paraíso assim eu me vejo
Num ir e vir qual as ondas do mar
 
Ao cavalgar-te , ó doce potranca
Sinto abrasar-se o meu aguilhão
Entre a cratera desse teu vulcão
 
Entre os teus lábios a fenda se tranca
Aprisionando a minha razão
Minha potranca, sou teu garanhão
 
 
 
 
Salvador, 28 de dezembro de 2011