SONETO ENIGMÁTICO

Quem sabe assim, diga-me

Qual teu grito abismal, sepulcral

Aquele brado tão enigmático, revés animal

Um eco secular, tão lacônico, indigente.

Quem sabe assim, saberei

Qual teu mal entorpecido de angústia

Eterno gemido contido em gozo excepcional

Avareza sanguinolenta, tão torpe, flamante.

Saber beber de tuas entranhas

Alavancar todo esse breu, só teu

Tão sorrateiro, delirante, relapso.

Sentir tua carne fervendo

O veneno lancinante em tuas veias

Tua cisma letal de matar-me de amar.

Castro Antares
Enviado por Castro Antares em 29/12/2011
Código do texto: T3412645
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