Tolo

Um homem contempla à escuridão

Estrelas brilhantes no firmamento

Aliciado e pasmo de contentamento

Em meio às trevas do ser, e da razão.

Quão insignificante, anódina existência

Um tolo do universo, espectro de vida

Limitado na dor, e de vontade oprimida

Sem defesa, a esmo, pífia sobrevivência.

Todo o seu ser, tão ínfimo, tão fútil

Suscitando o desejo da busca inútil

Ante o abismo e o cosmo, do nada.

O mistério de tudo, na razão descabida

Suspira o inepto, de consciência vencida

E silencia-se no íntimo, sua alma velada.

HELDER C ROCHA
Enviado por HELDER C ROCHA em 02/01/2012
Reeditado em 18/12/2020
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