FLAGELOS NOTURNOS
Uma noite de chuva a gente explica...
A saudade e tristeza a gente sente!
Mas uivo da mágoa tão fluente
vara o rosto dor que não suplica...
Na amargura o pesar sempre duplica
na canção do desgosto em mim doente!
Os clarões do desgosto incontinente
são suplícios do mal que se treplica!
Ante o forte pavor da trovoada
junto ao véu que ilude a madrugada
eu desfaço meu ser que murcha em flores!
Meu viver rosna em frente à primavera
como raio que some-se na espera
do luar que sucumbe em minhas dores!