Soneto Silencioso!

Soneto Silencioso!

Uma janela entreaberta é um convite

Quebrando as grades do mal tempo

Rompendo o silêncio que a alma triste

Conserva entre gritos e gemidos atentos...

Pelas frestas dos olhos um apelo inerente

Sufocando palavras sem o sentido da voz

Rasga o tempo numa busca inconsistente

Em que dois em um já se tornou um de nós...

Trocam-se os papeis do doce bem querer

De caça á caçador de presa a predador

De felizes para sempre a homem sofredor...

Cala-se a voz entre a covardia e a timidez

Das palavras mudas que nunca lhe direi

Na recusa das caricias que jamais te ofertei...

Campinas, 13-11-2011.