DESPEÇO-ME

Despeço-me de toda amargura,
De toda depressão, toda tristeza,
De toda aquela sanha que está presa,
Dentro do peito em câmara escura...

Despeço-me de toda acabrunheza,
De toda timidez e toda usura,
De todo egoísmo que estrutura –
Expurgo-os fazendo essa limpeza...

É curta por demais a nossa vida,
Prefiro me lembrar dos belos dias,
Quem sabe assim sanar tanta ferida?

Eu quero ver meus bons amigos bem,
Que possam ter momentos de harmonias,
Dos meus rivais? Despeço-me também...



17 de janeiro de 2012, 21:31




Gonçalves Reis
Enviado por Gonçalves Reis em 18/01/2012
Reeditado em 05/02/2012
Código do texto: T3448321
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