FLOR-JASMIM

Desperto no silêncio da manhã ensolarada

Como se fosse o silêncio a barulhar dentro de mim...

Ao passar pelo mistério da quieta madrugada,

A também desabrochar-me qual às flores do jardim.

Sou a flor que atapeta a relva da alvorada...

Sem sequer se aperceber que o horizonte lá no fim

É tão breve lusco-fusco em meio à passarada

Sob um suave perfume a se soltar... da flor- jasmim.

Sobre tons pastéis floresço e ofereço ao sol do dia

Toda a minha alegria em odorizar suas manhãs...

Pois se ao Rei foi permitido iluminar a nostalgia

Eu sou flor!- minha poesia é quem perfuma o seu afã...

Ao me iluminar na relva eu lhe cedo a cor do dia!

Sem a qual sua magia seria poesia vã...