Uma noite nefasta, escura, de fétidos cheiros
Um som ao longe, tambores, marcando lamento
Anunciando o retorno dos bravos guerreiros
Cavalgando velozes pelo tempo como o vento

Os lobos uivam, gritam harpias sobrevoando
Trovoadas e relâmpagos cobrem o declive
A espada de prata rasga o firmamento e nasce
Um manto de estrelas que ilumina o caminho

A luz incide sobre soldados em ordem, enfileirados
Bandeiras manchadas tremulam na brisa noturna
Homens retiram elmos, deixam a face descoberta

Corpos decepados, ensangüentados, em carroças
Retornam os heróis que fizeram parte das guerras
Para as pombas, o banquete fúnebre – refrigerium.

verita
Enviado por verita em 22/01/2012
Código do texto: T3455382
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