Ouço os ventos fustigando indomáveis
Castigando os impenetráveis oceanos
Passarelas de embarcações vulneráveis
Que naufragam nos mares dos mortos

Flutuando longe, sombras e espumas
A espera que o mar devolva os corpos
Das cavernas profundas, das criptas
Que divindades guardam nos oceanos

Vestes translúcidas cobrem os espectros
Que em lamento reclamam os invólucros
Pois no sopro vital de vida lhe pertenceram

Nos abismos insondáveis do mar, mistério
Inúmeras vidas naufragam sem critério
A dualidade, água é vida, água é sepulcro.

verita
Enviado por verita em 28/01/2012
Código do texto: T3465921
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.