+A carne podre+

Ei! Sobre a carniça qual o cão ladre...

De uma carranca que te enclaustre

A ostentar, assim, um ar tão ilustre

Empunhando armas fora do coldre!

Nestas gélidas mãos, não empedre

Todo este furor, qual aqui se entre

Neste corpanzil, que se concentre,

Para este ranço, uma carne podre!

E, a pútrida empáfia que não dobre

Tu vais ranger os dentes, tão nobre

Quem a ti não conhece, te compre!

Em tua doença que sempre celebre

Vai sentir no corpo, toda essa febre

E, há de te arder para todo sempre!

Valdívio Correia Junior, 29/01/12