O BOTO

Surgia das águas por encantamento
Nas noites de lua cheia, às margens do rio.
Saía o galante moço que das águas emergiu
Enquanto contagiava a lua no firmamento.

Enluarado conquistava no seu intento
Os corações das moiçolas, com ar pueril.
Em enlevo ardente do modo mais sutil
Embriagava de amores naquele momento.

E no final de cada noite mergulhava
No rio que era o seu reino e ninguém sabia
O galante moço em peixe se transformava.

Mas um dia o amor o invadiu e se revelou
No sentimento por aquela a quem seu coração batia
E desta vez o boto, para o rio não mais voltou.
                 
                            ANGEL



Angela Pastana
Enviado por Angela Pastana em 03/02/2012
Código do texto: T3477311
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