ESQUELETO

Um desafio agora frente a mim
Um palpitar também – uma agonia,
A inspiração procuro, e, fugidia,
A branca folha ri-se no ínterim...

Nesse intermédio, nada me alumia,
Que dor utilizar a letra assim:
Na estética somente – sem um fim,
E onde está escondida a poesia?

Nesse interlúdio, nesse frontispício,
Contemplo a natureza e o dicionário,
Aos últimos vestígios do solstício...

As Musas ignoram meu soneto,
É um solfejar apenas – multivário,
Metalinguagem só – um esqueleto.

 

23/O3/2O11

Ilustração usada com permissão. Obrigado Ideraldo!


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Gonçalves Reis
Enviado por Gonçalves Reis em 03/02/2012
Código do texto: T3478824
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