EM MEU VIVO VAGAR MORTO

Fatigada, a alma minha se encolhia,

E eu a aliviava dos nevoeiros frios;

Abria em pecado - portas que eu escolhia,

Sinistra brisa invadia meus cegos brios...

Amparando-me gemia-me um vulto;

De entre tantos mártires peregrinos,

Que estes a seguir seria eu um estulto,

E eu assim o era na crendice dos destinos.

A minha boca ali se arreganhava,

Dando então risadas de desconforto,

Pra minha mente solta na loucura!

A tais cruzes a morte já me enlutava,

Qual ferida aberta seria eu um morto,

Na amargurada noite em sepultura!

Setedados
Enviado por Setedados em 05/02/2012
Reeditado em 11/03/2012
Código do texto: T3481071
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