INQUIETUDE
Uma hora já é, perdí o sono.
levantei-me da cama, vim pra sala;
no meu quarto o cheiro que exala
é do nada, o cheiro do abandono.
Quando ainda na cama, me virava
de um lado pra o outro, inquieto
a fitar as paredes e o teto
lá no ego, baixinho, eu murmurava.
O seu nome, as vezes eu não sei
só que muitas, eu balbuciei
no momento insone que sozinho...
levantei-me do meu leito, a sofrer,
e na sala vim me entorpecer
no efeito das doses de um vinho.
(3o. pág. 24)
(Dezembro de 2004)
(Poema editado na ANTOLOGIA: BRASILIDADES (Versos do Povo da Gente) Volume 4 - Edição 2012, no mês de maio)