O BARCO

O BARCO

E o barco ia seguindo sem destino,

singrando aquele mar de escuridão.

A sorte não lhe dava explicação,

apenas o levava ao desatino.

Dias e dias, chuva ou sol a pino,

navegava a triste embarcação.

Nem mesmo um iceberg, um encontrão,

para um fim de corrida, repentino.

Quantas voltas já dera no oceano

Com o casco já entregue à maresia!

Somente o fundo mar era o seu plano

Quando a vaga maldita o perseguia.

Já gastara, das velas, todo o pano,

para que cultivar mais fantasia?

Gilson Faustino Maia
Enviado por Gilson Faustino Maia em 06/02/2012
Código do texto: T3483175
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