A vida que não tive
Vem-me à mente, acordado
O sopro da vida que hauri
Quando me recordo sempre aqui
E me lembro que estou do outro lado
A carne é da alma. um calabouço
E do pássaro, uma gaiola
Mas a alma chora, sempre implora
Pela liberdade, pelo esforço
Oh, minha carne, eu te rogo
Deixa-me sair ao mundo afora
Peço pela vida que eu choro
Quero ter a vida que não tive
E ser livre como a ave canora
Cantando a canção de quem só vive.