O Engraxate do Amor

Abaixo do fórnice, vê-se o humilde

Dedos de girino, olor de tangerina

Notívagos sons, alarme: ide!

Hora mestre hora lobo; resina.

Com pó pinta a cara amassada

Fiadas e sina outrora ilusórias

Ramos se apóiam à pia amada

Busca mescla a dor e a glória.

Fato surpassado espelha

Vento se embrenha, saída

Loja da alma: amor esguelha.

Elã manchado, verde escarlate

Anil o vale resultante (desjejum com maçãs)

Inflama exímia mão: engraxate.

Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 16/01/2007
Reeditado em 05/02/2007
Código do texto: T348925
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