NEOLIBERALISMO *

É cedo, e sinto a boca a qual me tomo,

Em fúria ante o túmulo entreaberto.

Ai, que lambuzo enquanto a terra como

E arroto a frio as crias do deserto.

Com mãos nas noites de plebeia fome

Arrasto a história pra todos os vícios

Idiotas!... Ouçam o eco dos seus nomes

Intoxicados entre os precipícios.

Quão miserável sou!... Durmo faminta.

Das gorduras da terra, osso e sal

Possa, eu, sempre alargar a minha cinta

Com risos, onde os leitos se consomem,

À guisa do macabro ritual.

- Comam! Comam! É bom! Comam o homem!

Fevereiro/RS-Canoas

Eliane Triska
Enviado por Eliane Triska em 11/02/2012
Reeditado em 13/08/2014
Código do texto: T3492864
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