A Víbora

Entre as crateras a forjar torpezas

Jaz nos pés do inferno, estígio negrume

O sombrio, o tépido e voraz perfume,

Num sangue corrupto das profundezas.

Traçando o prato de seva realeza,

Piorando nas ondas de enxofre lume

Brande as vozes na censura com ciúme

De horror o mau se esconde na rudeza.

Pelas abissais Fúrias castigado

Saindo das trevas torpe o condenado

Veneno vil das áspides da França.

Rebento em aflição do ódio que lança

Na dor que a cólera na morte alcança

Vipérea esposa infernal do execrado.

HERR DOKTOR

HERR DOKTOR
Enviado por HERR DOKTOR em 14/02/2012
Código do texto: T3499384
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.