A dançarina
 
Diste de mim, de tudo, e por graça,
Sem saber que sofrer fosse tanto...
Diste de mim, que eu era a desgraça,
Que não lhe dava o sol de acalanto...
 
Diste de mim, que o tempo lhe passa,
Sem paixão, sem desejo, e, portanto,
Não querias um altivo, como traça,
Nos teus dias de tão melhor encanto...
 
Assim, fiquei pelas ruas, aos versos,
A gritar por todo canto: onde está,
Aquela que me era de amor o sucesso.
 
Até que leio, numa tenda de orgias:
Vem... E todos vêm, há de apresentar,
Aquela que se dança o corpo anistia...
 
(Poeta Dolandmay)
 
 
“In indultos”




Dolandmay Walter
Enviado por Dolandmay Walter em 15/02/2012
Código do texto: T3500618
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