Vejo Tudo
Vejo, vejo, vejo agora
Vejo tudo que se foi
Foi-se embora ou não se foi
O dia que sempre chora?
Vejo carne, vejo gente
Vejo as turbas retumbantes
Vejo os casais e amantes
Em seus dias inclementes
Vejo o velho que morreu
E o homem mendicante
Que pede tudo que perdeu
Vejo o jovem malabarista
De palidez tão minguante
Que torna triste a minha vista.