Vejo Cores
Do aroma, tenho sede
Da aurora, vida afora
Vejo cores, vejo agora
Vejo tudo, vejo verde
A cor dos olhos meus
Não desbota, nem cede
Da Natureza procede
O tom indo-europeu
Vejo a cor da carne
Do sangue e seiva bruta
Vejo o sol da tarde
Vejo o tom dourado
Que brilha na cicuta
E no sangue envenenado.