Espero

Bate frágil e gentil à minha porta

Outra vez renovada uma esperança

E me faz desdobrar minhalma torta

Ansiosa e feliz como criança.

Baixo e calma a voar por sobre os montes

Buscarei confiante o teu regaço,

Vou querer que teus sonhos tu me contes

Contarei o que sou e agora faço.

Deixo ao largo o passado já distante

Sem perigo temer de encontrar

Tendo fé e a confiança sou mutante

De que vale a espera sem um sonho?

Como posso sonhar sem esperar?

Na esperança o futuro então deponho.

Sonetistas me digam: posso chamar este de soneto?