VITRAIS DE TEUS OLHOS

Vitrais de teus olhos claríssimos, plenos

se quebram e espalham milhões de estilhaços

por sobre meus rumos, cortando meus passos,

se acaso eu sombreie seus fachos serenos...

com turvos equívocos meus em teus planos,

projetos, quereres e prêmios, sucessos...

Meus sóis, junto aos cacos, se vão sem regressos...

E perco, no escuro, meus tinos humanos...

Por isso me entrego a viver totalmente

de tua vontade, teu gosto latente...

Decifro em teus olhos meus próprios sentidos!

Quebrá-los em cacos? Ó, céus! Nunca mais!

Sangrar-me ao pisar nesses vidros? Jamais!

Meu mundo se encontra em teus olhos luzidos!

Marco Aurelio Vieira
Enviado por Marco Aurelio Vieira em 29/02/2012
Código do texto: T3526639
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