Por quê?

...Caminho assim distante de tudo que obtive.

...Vou-me recolhido, e altamente tênue: Em martírio.

...A minha peregrinação é imune...à rota da morte.

...Meus dentes são testemunhas...

Às vezes vejo a vontade, a volúpia, o desdém...

O incremento vem, depois se esvai, e aí NADA.

TUDO se foi não há NADA...

Hoje estou à deriva, sem saber Por quê?

Onde estou solta pelo tédio de nada ter...

Pelo tédio de NADA ser...

Hoje estou à solta, sem ver, sem rezar,

Sem renascer, apenas respiro, e respingo...

NADA sobre NADA.

Valéria Guerra
Enviado por Valéria Guerra em 01/03/2012
Reeditado em 01/03/2012
Código do texto: T3528741
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