Eternidade...


Ó pai celeste que nos guia

Em ti, teu bordão e teu cajado

Nos eternos salmos que ainda soía

Roga humilde o mero desgarrado

 

Presente na difusão dos clérigos

Avesso à racionalidade humana

Admoestando pensar em sucessos

Contíguo da solidão profana

 

Dos que me cercam malta de rábulas

Lânguido e frígido desta vida

Perante as penosidades enfrentadas

 

Respaldar-me-á intrepidez vital

Livrai-me das ímpias heregias

Deste precativo cordeiro angelical

 

***

Dezembro de 1999.

Adam Poth
Enviado por Adam Poth em 01/03/2012
Código do texto: T3529146
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