A fúria das bacantes
Ai que fome lancinante
Tenho nesta noite infinda
Não sei se posso ainda
Entregar-me à fúria das bacantes
Sinto como um lobo uivante
O cheiro das carnes indevidas
Não sei se posso ainda
Entregar-me à fúria das bacantes
Sinto um frio gélido na espinha
E um calor que me leva noite acima
Nesta vida tresloucada, não a minha
Mas a vida tresloucada dos amantes
Não sei se posso ainda
Entregar-me à fúria das bacantes.