Áureo panteão de ilusão dormente,
Da ferida a panaceia enredado,
Pétrea dor em corpo dilacerado
Ventre maculado pelo ópio silente.

Néscio infame de morte eloquente,
Pretensa paz ao fim aguardado,
Burlando o silêncio aclamado
De gemidos e violência estridente.

Da beleza ao canto funesto
Anjo Fastio de face assombrosa,
Soprou agonia na alma que parte.

Das maledicências o vil gesto
Colhendo em ódio a vida majestosa
Do inimigo o furor, da arte a guerra.

Sirlanio Jorge Dias Gomes
Enviado por Sirlanio Jorge Dias Gomes em 05/03/2012
Reeditado em 27/08/2022
Código do texto: T3536226
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.